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Festas


Jataúba constantemente está em festa. Ser anfitrião é a maior expressão cultural do povo jataubense. Confira os eventos do passado, que fizeram história, e também os festejos que atualmente permanecem ativos no calendário anual e cultural do município:




Muito popular desde a segunda metade do século XX, a vaquejada é uma atividade cultural do nordeste brasileiro, na qual dois vaqueiros montados a cavalo têm que derrubar um boi, puxando-o pelo rabo, no limite de espaço entre duas faixas de cal demarcada no chão, submetendo-se a nota observada pelos juízes ali presentes que pode ser: zero (caso o boi não caia dentro das faixas) ou "valeu boi" (caso caia). Surgiu em meados de 1940, quando alguns vaqueiros nordestinos começaram a tornar cada vez mais públicas suas habilidades, na chamada Corrida do Mourão, prática que com o tempo, foi ficando cada vez mais popular na região. Aos poucos, a vaquejada foi espalhando-se, chegando consecutivamente em Jataúba. A principio na zona rural, depois no parque Silvério Bernardino, que antes chamava-se: Parque Maria Edite. Com o passar do tempo, o evento foi moldando-se até transformar-se no que é atualmente, seu maior objetivo, além de reavivar a cultura do vaqueiro nordestino, é gerar renda, mesmo que temporária, com empregos diretos e indiretos no município.
Atualmente, por tradição, a vaquejada em Jataúba é realizada sempre no inicio de janeiro de cada ano pelo Grupo KIBEBI e integra o circuito PE-PB de vaquejada. KIBEBI é uma espécie de associação de amigos vaqueiros. A sigla foi criada usando as iniciais de seus principais participantes: Kiki, Bel e Bibi. Ambos promovem a vaquejada em Jataúba a mais de 20 anos. Antigamente acontecia nos meses de novembro e dezembro por outros realizadores. Atualmente acontece no parque de vaquejada que leva o mesmo nome do grupo: KIBEBI, localizado à 1,5 km do centro da cidade e o público alcançado até agora estima-se de aproximadamente 10 mil pessoas anualmente. Oferta ao público jataubense, e também de toda a região, atrações de renome regional e nacional, como: Mastruz com leite, Magníficos, Limão com mel, Brasas do Forró, Saia rodada,Vicente Nery, Mano Walter e etc.
Tradição primordial no calendário anual cultural do município, a vaquejada por si só já entra para a História de Jataúba por proporcionar momentos marcantes na vida de seus munícipes, funciona como um evento de boas vindas e assim, já esquenta a população para a tradicional festa do padroeiro, que sempre acontece no dia 20 de janeiro. Neste período de férias, o município recebe uma grande quantidade de turistas, muitos deles chamados de "filhos ausentes", que regressam para confraternizar-se com seus entes queridos. Assim, mais que merecido, o evento da vaquejada já é um patrimônio histórico e cultural do município de Jataúba.




A Festa de São Sebastião surgiu juntamente com a primeira capela erguida pelos primeiros moradores da pequena vila que tinha como forte destaque, a feira realizada as margens do rio e as sombras do jatobazeiro. Tal festa é considerada a principal e mais tradicional festa do calendário cultural e turístico do município, tendo como seu atual realizador a Igreja católica, juntamente com a colaboração de seus fiéis, do comercio local e da prefeitura. Os primeiros jataubenses foram os seus ilustres idealizadores. A devoção destes primeiros habitantes ao santo fez com que ele se tornasse o protetor do lugar. Tais festejos foi passando de geração em geração e permanecendo vivos até os dias atuais. Antes acontecia como "trido", ou  seja, durante apenas três dias, terminando sempre no dia 20 de janeiro. Vale destacar as antigas e famosas "Cavalhadas do Padroeiro", que com aspecto todo pompal, típico da época, abrilhantava ainda mais o evento.  Trata-se de um desfile de cavalos e seus cavalgantes portando enormes e belas bandeiras, fazendo entre si uma disputa pela definição da próxima família a ser simbolicamente "responsável" pela organização da próxima festa do padroeiro juntamente com a paróquia.
A festa do padroeiro do município de Jataúba, sempre acontecia no fim de semana próximo ao dia 20 do mês de janeiro, geralmente em um sábado ou domingo. Dos anos 2000 pra cá, a tradicional procissão começou a acontecer rigorosamente no dia 20 de janeiro, independentemente do dia da semana que caia. Celebrações religiosas da doutrina católica são realizadas nos 9 dias que antecedem o dia 20, o que é tradicionalmente chamado de: Novenário de São Sebastião. Geralmente são celebrações mais festivas, mais requintadas em comparação as celebrações habituais e sempre trazem conjuntos musicais católicos e também celebrantes de outros lugares. Sua culminância acontece rigorosamente no dia 20, dia do padroeiro, com a procissão da imagem de São Sebastião pelas principais ruas da cidade. O evento continua atraindo anualmente uma grande quantidade de fiéis.
Antigamente, atrações não religiosas também faziam parte da programação da festa do padroeiro do município, os extintos e tão conhecidos "Bailes da festa do padroeiro" que trazia bandas e orquestras conhecidíssimas que tocavam de tudo. Na época, todo dinheiro arrecadado era voltado para a paróquia. A partir deste novo milênio, o conselho paroquial decidiu coletivamente que a festa devia ser completamente voltada para o aspecto religioso e passou a trazer atrações exclusivamente católicas de renome regional e nacional, como: Padre Cleidimar Moreira, Eliane Ribeiro, Celina Borges, Thiago Brado, Banda Javé Yréh e etc. Destaque também para o "Sebastian Fest", uma atração proposta pelos jovens da paróquia, mais especificamente pelo grupo do EJC (Encontro de Jovens com Cristo), que atrás de um trio elétrico, animam a festa do padroeiro com músicas católicas, saindo pelas ruas da cidade praticando "Holi" (Um festival de cores onde os participantes jogam pós coloridos uns nos outros). O Abadá do Sebastian Fest, que geralmente é uma camisa na cor branca, acaba voltando do evento completamente multicolorido.
A festa do padroeiro, ou "festa de janeiro" como muitos chamam, por ser o evento mais tradicional e antigo, entra para história de Jataúba. É comum seu povo contar nostalgicamente lembranças de momentos ímpares de sua vida vividos em decorrência desta festa, como: os parques de diversão, quermesses, encontros e reencontros de pessoas, amigos, familiares e etc. Uma festa típica de interior que se renova sem perder a essência. Assim, mais que merecido, a festa do Padroeiro São Sebastião genuinamente torna-se um patrimônio histórico e cultural do município de Jataúba.



O carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma. No aspecto mais genuíno, o carnaval tem o objetivo de dar vida a frase "voltar a ser criança". Não é a toa que a fala: "brincar o carnaval" é usada tão habitualmente. No Brasil, as capitais baiana e pernambucana, Salvador e Recife, se destacam pelo seu intenso e peculiar festejo. Mas em outros municípios do nordeste o carnaval é vivenciado efetivamente, inclusive em Jataúba, que desde sua fundação até os tempos atuais tem seu carnaval como uma essência popular, cultural e tradicional do seu povo. O carnaval acontece rigorosamente todos os anos, como de costume, dura 4 dias (sábado, domingo, segunda e terça), em alguns lugares se estende por 6 dias onde incluí-se a "sexta antecipada" e a quarta feira de cinzas, ou "quarta do bacalhau". Em Jataúba é realizada pela população local e custeada pelas secretarias de cultura dos governos municipal, estadual e federal.
O carnaval depende sempre do calendário católico para acontecer, pois sempre acontece nos quatro dias antes da quarta feira de cinzas e consecutivamente sua data é constantemente alterada todos os anos. Cada lugar tem seu jeito próprio de vivenciar esses 4 dias de festa, mas Jataúba destaca-se por proporcionar algo mais familiar e calmo em comparação aos grandes festejos como os de Olinda e recife, mas, no entanto, não menos divertido. É um período do ano que atrai muitos visitantes, pois trata-se do feriado anual mais longo do calendário. Há relatos históricos de grandes figuras típicas do carnaval jataubense citadas na marchinha do saudoso e extinto "Bloco da Saudade" de autoria de Cesar do boneco. São nomes de antigos foliões que entraram para a história por se tratar de presenças ilustres e indispensáveis nos antigos carnavais, tais como: Everilda (Vera da biblioteca), Bilontra, Tanga, Zezinho da maternidade, Durval Eloi, Zaca, Curtinho e etc. No antigo Mercado Público de Jataúba, onde hoje é o Açougue Público, na Praça Rodolfo Graussá, no centro, é que acontecia as grandes "manhãs de sol" e os "Bailes de Carnaval". Blocos de máscaras, de rua, festas em casa e bailes a fantasia são também relatados na canção. Houve uma época em que o baile "Vermelho e branco", cores da bandeira do município, acontecia rigorosamente todos os anos e atraía um número significativo de foliões.
Atualmente o carnaval de Jataúba acontece nos moldes contemporâneos. Começa sempre com o sábado de Zé Pereira e o Blocos das Virgens. Nos demais dias geralmente tem uma concentração do bloco no Clube Municipal que geralmente começas a partir das 13h. Pouco antes de anoitecer o bloco do dia percorre as ruas da cidade sendo animado por carro de som (trio ou paredão) até a Praça São Sebastião, no centro, onde há uma estrutura montada e ornamentada para a apresentação do show de diversas bandas. A maioria dos blocos vende seu abadá, que tem seu desenho renovado a cada ano e oferece ao folião que o adquirir: Feijoada e cerveja durante a concentração no Clube Municipal. O bloco mais tradicional da história do carnaval jataubense é o "Vira-copos". Vinda originalmente do clube de futebol de mesmo nome, toma conta das ruas da cidade desde 1998, ano que foi criado. No mais, muitos outros blocos surgiram e também desapareceram, outros reaparecem de vez em quando e outros saem todos os anos, como: Bloco Turma da Birita, Bloco da Galega (Passagem do Tó), Bloco Ralapa Chapa-Chapa, Bloco do Náutico, Bloco do AP, Bloco do Flamengo, Bloco Pior é Nada, Bloco do Vermelhão, Bloco da Pipoca, etc. Destaque para o "Bloco Flutuar" que aumenta o número de foliões a cada ano e também para os blocos dos sítios e distritos do município, a exemplo do "Bloco Jacú Folia" que a cada ano se destaca. Assim, mais que merecidamente, o Carnaval subracitado, tanto o antigo como o atual, tornou-se um patrimônio histórico e cultural do município de Jataúba.



Comemorar o dia "02 de março" em Jataúba surgiu com o marco histórico da emancipação política do município. A princípio, começou com uma festividade simples que, com o passar do tempo, foi ganhando força e significação. O realizador do evento que se festeja anualmente é o governo municipal, mais especificamente a Secretaria de Cultura do Município. Sem sombra de dúvidas, o aniversário do município é um dos eventos mais importantes no calendário cultural e turístico do lugar e tem como objetivo, manter viva sua história e sua cultura. O evento alusivo a Independência Política de Jataúba acontece anualmente a cada 02 de março, pois esta foi a data que Jataúba deixou de pertencer ao município de Brejo da madre de Deus no ano de 1962, depois de tantas outras e frustradas tentativas. 
A fama de "cidade anfitriã" corre solta e não é por acaso. Jataúba é sinônimo de boas festas e de excelente receptividade. O "aniversário da cidade", como muitos chamam, acontece geralmente em três momentos e três localidades específicas: Primeiro: O hasteamento das bandeiras nos locais públicos mais notórios: Prefeitura, Escola Municipal José Higino de Sousa, Escola Estadual José Lopes de Siqueira e Câmara Municipal de Vereadores, seguido um café da manhã comunitário oferecido pelos vereadores do município. Em alguns casos a prefeitura aproveita o festejo para inaugurar ou reinaugurar empreendimentos públicos, afim de mostrar o avanço da gestão para o município; Segundo: No período da tarde há campeonatos esportivos e de entretenimento, que se realizam sempre na rua Expedicionário Aleixo de Araújo, no centro, com premiação de Troféus e prêmios em dinheiro. São: Corrida de Jericos, corrida de ciclistas, maratonas de várias modalidades, etc. Nesse momento é também cantado o famoso "parabéns" e repartido o enorme bolo, confeitado com a aparência da bandeira do município, que sempre tem a metragem ou a quantidade de quilos igual ao número de anos que Jataúba está completando. No terceiro e último momento, a noite, é aguardado o grande show com artistas renomados. Há registros de Artistas como: Pablo, Jonas esticado, Bonde do Brasil, Banda Desejo de Menina, Brasas do Forró, Moleca 100 vergonha, Noda de Cajú, entre outras, na Praça da Matriz de São Sebastião. Enquanto o esperado show não inicia, as escolas mostram em suas estandes acervos riquíssimos da história do município e a população ali presente aprecia também apresentações diversas de artistas locais, não antes de participar da "Missa de Ação de Graças de aniversário" na Igreja Matriz do Padroeiro São Sebastião. Há registros de shows também na véspera e da contagem regressiva nos minutos que antecedem ao dia 02 de Março, seguido de um show pirotécnico de fogos.
Cada vez mais, a cada ano, este tradicional festejo se destaca e atrai um número maior de público que até o momento é estimado em milhares de pessoas, tornando-se uma atração indispensável no calendário anual de eventos a nível local e estadual. De certo, a Festa de Emancipação Política de Jataúba é para seu povo, um patrimônio histórico e cultural da sua terra, do seu lugar.



A maneira como surgiu as corridas conhecidas como motocross e consecutivamente as trilhas de moto, é muito próxima da invenção das próprias motocicletas. Isso porque desde os primeiros modelos desenvolvidos na Inglaterra, elas já eram usadas em pistas cross country. O formato da corrida ainda não era o que conhecemos hoje, as modalidades também. Em Jataúba esses dois esportes surgiram por amor a máquina de duas rodas e também pela paixão de seus praticantes a adrenalina que a velocidade dá. Atualmente existe vários eventos destes tipos que acontecem todos os anos, as vezes mais de uma vez e vários são seus realizadores.
As Trilhas e as Motocross são eventos esporádicos, não existe data fixa para acontecer. Geralmente dar-se preferência aos meses de tempo chuvoso, para evitar a poeira extrema e também o trabalho de aguar toda a área para o evento. Atrai um significativo números de pessoas, tanto para atuar como pilotos, como para ser um simples e mero espectador. É uma atividade que gera renda ao município de forma direta e indireta, mesmo que temporários. O que chama a atenção do grande público, além dos prêmios em troféu e também em dinheiro, são as atrações musicais artísticas. Sempre depois dos vencedores subirem ao pódio, o grande público se deliciava com bandas de renome regional e até nacional, a exemplo de: Vates e Violas, Saia Rodada, etc. ou som automotivo. Funciona da seguinte maneira: quem tem o desejo de participar compra o kit que vem com a blusa do evento e dá direito a café da manhã, cerveja e feijoada. Para pilotos esse kit já inclui troféu de participação. Acontece durante todo o dia, em alguns casos em mais de um dia: um fim de semana, vamos assim dizer. Há uma certa diferença entre trilha e motocross, apesar de ambos seguimentos serem competitivos. Os destaques sempre vão para os primeiros colocados, mas a diferença entre os dois é que na trilha o percurso é mais extenso e mais simples, (apesar da adversidade da pista como: lama, pedregulhos e etc) Já a motocross é uma pista já previamente preparada, com rampas e com uma área demarcada com o intuito de não sair de uma determinada região.
Para o povo jataubense as trilhas ou a motocross significa: "reunião de amigos", pôr as conversas em dia e diversão. Muitas são as modalidades do esporte o que abrange todas as faixa etárias e os tipos de pilotos que concorrem, do amador ao mais profissional. A grande maioria dos participantes vão por puro prazer ao esporte, sem se preocupar tanto em conquistar o primeiro lugar no pódio. Outros levam a coisa a sério, colecionam troféus e divulgam grandes marcas. Já para outros, o prazer está mesmo no ouvir e sentir a emoção do locutor em narrar cada lance. Há diversos tipos de registros históricos de trilha e motocross em terras jataubenses, alguns eventos permanecem até hoje, outros alguns anos tem, outros não e outros que apesar de não mais existir ficaram guardados na memória e marcaram a vida de quem os vivenciou. São eles: Trilha da amizade, Motocross de Jataúba, Garotas do Cross, Trilha do Vaqueiro, Trilha radical, trilha 2 irmãos, Trilha do bode, Trilha das mulheres, Equipe pirata de Motocross, etc. Mais que merecido, as trilhas e as motocross são eventos indispensáveis no calendário anual de eventos de Jataúba e certamente tornaram-se um patrimônio histórico e cultural do seu povo.



As festas juninas surgiram nos países europeus católicos e eram chamadas de “joaninas”, em homenagem  a um santo católico, São João. Elas foram trazidas para o Brasil no período colonial, pelos portugueses. A princípio, comemorava-se apenas a festa de São João, depois, como os dias de São Pedro e Santo Antônio aconteciam no mesmo mês, foram incorporados às "Festas Juninas". Com o passar do tempo, as festas juninas foram ganhando características das várias regiões do nosso país, principalmente do nordeste. Apesar de todo o Brasil comemorar as festas juninas, é na Região Nordeste que elas são mais difundidas. Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, são cidades famosas por suas festas e concursos de quadrilhas. Em Jataúba é muito comum cada família fazer seus próprios festejos juninos, tanto na zona urbana como na rural, ou até vários moradores da mesma rua se unirem para promovê-la. Mas os eventos mais evidentes são realizados pelas diversas escolas do município e os de atrações de maior renome é realizado pela Prefeitura.
Tradicionalmente as festas juninas acontecem dentro do mês de junho em alusão aos santos, comemorando assim, no dia 13: Santo Antônio, no dia 24: São João e no dia 29: São Pedro. Em Jataúba ela segue o mesmo estilo, tanto na zona urbana como na zona rural. Observa-se então um fenômeno que vem acontecendo nos últimos anos: ultimamente, alguns festejos juninos de Jataúba acontece no mês posterior, em Julho. A ideia é não "concorrer" com os mesmos eventos, de proporções infinitamente maiores, nas regiões circunvizinhas. Antigamente, a quadrilha de cada rua era algo levado muito a sério, tendo até altas competições para ver qual rua faria o melhor arraial. E a tradição raiz, o verdadeiro São João, era levado muito em consideração, com trio pé de serra, musicas tradicionais, fogueira, bandeirolas, apresentações e comidas típicas. Atualmente, grandes shows atraem multidões, mas pouco retratam o verdadeiro sentido junino a exemplos dos festejos nos sítios, que apesar de simples, não são menos divertidos e também não abre mão de suas raízes tradicionais.
Atualmente as festas juninas em Jataúba acontece da seguinte forma: Atrações de renomes são designadas a um fim de semana específico do mês de julho em determinados distritos como: Jacu, Passagem do tó, Riacho do meio, Jundiá e na sede (Cidade). Algumas ruas seguem resistentes e ainda fazem suas quadrilhas, mas nada comparado ao que era antes. O destaque maior vai para a rua do prefeito, muitas outras ruas, por não terem nem como competir, nem sequer arriscam-se, as que tentam resumem-se a humildes fogueiras e famílias reunidas na porta de casa na véspera ou no dia do referido santo junino. Apesar de todos os impasses, a tradição da festa junina é algo muito antigo e uma característica primordial da cultura nordestina. Seu acontecimento é de suma importância no calendário regional, estadual e local de eventos, e particularmente, a de Jataúba, é merecidamente um patrimônio histórico e cultural do seu povo e do lugar.


A extinta Festa da Beterraba e Renascença de Jataúba foi um evento que acontecia sempre em um fim de semana do mês de setembro, em referencia ao mês do aniversário do seu idealizador Petrúcio Siqueira, filho do ex e já falecido prefeito Petrônio Siqueira. É comum as pessoas agregarem a lembrança desta festa aos anos 90, pois foi justamente nesta década em que ela surgiu e mais se destacou. Nunca antes na história do município de Jataúba, viu-se um aglomerado de pessoas daquela quantidade. O público alcançado era, sem sombra de dúvidas, algo inovador para o lugar. A ideia audaciosa e visionária do jovem jataubense, e amante de sua terra: Petrúcio, era a de propagar o nome de Jataúba e divulgar seus bons frutos numa época em que o cultivo da beterraba e a confecção da renascença estava em alta no município. Nesta época, era comum conhecer os lugares pelas festas dos frutos de seu maior cultivo, daí a inspiração foi despertada em Petrúcio, a qual com a ajuda do seu pai e de seus amigos mais íntimos, conseguiu finalmente realizar. 
Originalmente o evento acontecia nos arredores das ruas próximas a Praça Rodolfo Graussá, no centro. Era comum ter barracas tipicamente ornamentadas onde se encontrava os produtos derivados da Beterraba e Renascença e também outros artigos artesanais. Começava sempre na sexta com exposições nas barracas e as apresentações diversas dos "artistas da terra" que variava entre apresentações musicais, danças (lambadas, grupos de danças e de capoeira), teatro e estereotipadas imitações de grandes personalidades como: Raul Seixas, Roberto Carlos, Alceu Valença e etc. Parques de diversões nos arredores davam um tom festivo e a escolha pela nova "Rainha da Beterraba e Renascença", no sábado, era uma das atrações mais esperadas da noite. Era incrível a quantidade de moças que queriam desfilar. A famosa passagem de faixa após a divulgação da classificação das candidatas, era o ponto máximo do desfile que era dividido em cinco momentos: Divulgação do corpo de jurado (com personalidades de fora do município como a Miss Pernambuco da época e também grandes lideres políticos); O desfile de biquíni das candidatas, (onde se avaliava a beleza corporal); o desfile das rainhas mirins (meninas de 8 a 10 anos que também desfilavam); O desfile com a renda renascença e por fim; A exibição do vestido de gala sempre na cor: "tom de beterraba". No entanto, nada disso acontecia sem antes apreciar o show de "transformismo" no palco do desfile, que naquela época, era uma atração a parte e também muito esperada. Depois do desfile tinha show ao ar livre na praça, com registros de grandes artistas pernambucanos e de renome regional, como: Asas da América, Banda Grafith, Orquestras de Frevo, Bandas baianas de axé e etc. No domingo, pela manhã tinha a "Missa do Vaqueiro" e a partir do meio dia começava o "Festival de Chope", onde adquiria-se a caneca com a blusa do evento e grandes toneis de chope eram servidos ao grande público no Clube Municipal. O ambiente era animado durante a tarde toda com shows de bandas bem ecléticas, ou seja, que tocavam de tudo um pouco. Era bastante comum, ao fim da festa, ver uma grande massa de gente descendo a rua do Clube cambaleando de tanto ter se divertido.
A festa levou o nome do município de Jataúba a lugares imagináveis. Na época, até um cartão de "credito de orelhão" foi criado pela empresa de telefonia TELEMAR o que propagou ainda mais a divulgação da festa. Pela primeira vez o nome de Jataúba era visto, de forma positiva, numa reportagem de TV. Era comum ver turistas de lugares muito distantes e ver também a própria população jataubense ansiosíssima para o mesmo evento do ano seguinte. Anos mais tarde, seu idealizador teve graves problemas de saúde e submeteu-se a uma cirurgia no cérebro a qual lhe deixou paraplégico, mesmo assim, em sua homenagem, a administração municipal continuou realizando o evento. Com o passar do tempo o evento deixou de ser realizado, a seca atrapalhou o cultivo de beterraba dando espaço para criação de bodes no município e a renascença ficou também cada vez mais escassa, principalmente quando a confecção de cuecas e calcinhas começou a ganhar espaço. Várias foram as tentativas do governo municipal de manter a festa, mas seu título não fazia mais sentido. Também, bem mais tarde, praticamente uma década depois, seu idealizador Petrúcio vem a falecer. Quem viveu essa época sabe que a Festa da Beterraba e Renascença marcou história na vida dos munícipes jataubenses e apesar de atualmente não mais existir, está guardada nas boas lembranças como um precioso período e um fator importantíssimo para o patrimônio histórico e cultural de Jataúba.


A missa do vaqueiro, ou "Festa do Vaqueiro" como era conhecida, surgiu como uma atração da extinta Festa da Beterraba e Renascença, idealizada por Petrúcio Siqueira. Com a não realização deste evento no município, o líder político Fábio Mamão fez questão de sua continuidade e o que era apenas uma atração, começou a se tornar um grandioso evento. Há fortes indícios de que Fábio, na época em que era secretário de agricultura, motivado pelo evento que já acontecia nos municípios de Custódia, Sertânia e Serrita, sugeriu que tal atração fosse anexado a Festa da Beterraba com o intuito de defender e destacar a classe rural do município, mais especificamente aos vaqueiros. O evento era realizado pela Igreja Católica, por Fábio Mamão e pela bancada de oposição de Jataúba da época. Chamava a atenção pelas genuínas apresentações de aboiadores, grupos de danças e de diversos artistas locais com perfil enraizado na cultura típica nordestina como Trios de forró pé de serra, poetas, repentistas, etc. 
Sua abertura dava-se com passeatas de vários vaqueiros da região montados em seus cavalos galopando pelas ruas da cidade trazendo os estandartes das bandeiras do Brasil, de Pernambuco e a de Jataúba. Nesse momento era recepcionado também, no palco central do evento, a imagem de Nossa Senhora Aparecida que era trazida também na passeata pelos vaqueiros. A imagem fazia o percurso da casa de Mamão até o palco central da Festa. As apresentações dos "artistas da terra", nitidamente oriunda da festa da Beterraba, também migrou para a Festa do Vaqueiro. Passou também a escolher anualmente a rainha do vaqueiro (era interessante e bonito de se ver jovens vaqueiros, vestidos a caráter, conduzir as candidatas ao desfile) e a trazer grandes atrações como o show de: Bidinga do Acordeon, Cheiro de Menina, Banda Gata Fogosa, Amiltom e Banda, Banda Performances, Forrozão Cela Rasgada, etc. 
Pedras, cactos e mandacarus ornamentavam o palco de eventos e uma tenda intitulada de "Museu do Vaqueiro" exibia roupas, adereços e fotos de vários vaqueiros do município e também outros famosos na região, mas grande parte do acervo ali exposto fazia alusão a Mamão, líder da oposição e enfrentante da festa. Grandes personalidades políticas da capital vinha prestigiar a festa que culminava-se com a celebração campal da missa, na maioria das vezes realizada em frente da igreja matriz de São Sebastião. No domingo, os vaqueiros chegavam a galope numa outra passeata e montados em frente a matriz, ali participada da missa que geralmente se iniciava aproximadamente às 10h. Trata-se de uma missa mais bem preparada, com momentos mais marcantes e expressivos, com tudo voltado para o homem do campo. Era comum ver além da Eucaristia, a partilha do queijo coalho (típico da região) como também da rapadura (doce nordestino petrificado feito de cana de açúcar), até o Padre celebrante adicionava a suas vestimentas, adereços de vaqueiro (chapéu e gibão). Depois da celebração acontecia uma "Pega de Boi" num sítio próximo, que sempre terminava com as premiações para os vaqueiros vencedores e muito forró ao som de bandas regionais.
Com o passar do tempo, o evento foi ganhando cada vez mais destaque e mudado de localização por diversas vezes e inúmeros motivos, um deles: o público alcançado que aumentava cada vez mais. O evento contava sempre com parque de diversões, bares, barracas, segurança e toda infra estrutura de uma grande festa, pois tinha o apoio da FUNDARPE (do Governo Estadual). Como era de praxe na Festa da Beterraba, o mês de realização da Missa do Vaqueiro continuou sendo setembro. Mas com o passar do tempo, a festa não foi mais sendo realizada rigorosamente todos os anos. O último registro de sua realização data do ano de 2012. Independentemente disso, a Missa do Vaqueiro foi um evento que ajudou a propagar a cultura nordestina e o nome do município ainda mais, principalmente com o surgimento da internet na época. Um evento de cultura ímpar que tornou-se uma marca registrada dos costumes rurais do nosso povo e também muito copiada por tantos outros municípios. Com fatos que marcaram extremamente a história do nosso povo e do nosso lugar, o que faz dela um patrimônio popular e cultural de nossa tão amada terra, também nordestina e muito"sertaneja": Jataúba.


O município de Jataúba tem um dos maiores rebanhos de caprinos e ovinos do estado de Pernambuco e está inserida entre as maiores e mais tradicionais feiras do Nordeste. Nos anos 80 a feira de bode de Jataúba obteve o posto de segunda maior do Nordeste perdendo apenas para feira de Santana na Bahia (Fonte – Geografia do Nordeste). Assim surgiu a Festa denominada "Feira do Bode", um tipo de evento que tem o intuito de atrair público para exposição de caprinos e bovinos, uma iniciativa da Associação Capril do Vale em parceria com o Governo de Jataúba e também o Governo Pernambuco. Geralmente acontece entre os meses de setembro a outubro, no entanto, a primeira feira do bode foi realizada no mês de maio de 2010. As primeiras feiras foram realizadas no Parque Silvério Bernardino, posteriormente, com o aumento do público estimado, passou a realizar-se  no final da Av. José Lopes de Siqueira, não no centro, mas já no bairro Augusto de Melo, próximo a Escola Municipal Antônio Vieira de Melo e também nas proximidades do primeiro cemitério da cidade de Jataúba, ao lado do Hospital. Os registros observados apontam que a então "Feira do Bode" não é um evento que se realiza rigorosamente todos os anos, há anos que têm, há anos que não. Desde sua primeira edição em 2010 até o ano de 2019, a mesma só teve 7 realizações.
A criação de bode no município de Jataúba cresce cada vez mais. Todas as sextas-feiras uma feira em particular chama a atenção: trata-se de criadores e compradores de caprinos e ovinos da região que vem em busca de bons negócios. A realização do evento baseia-se também no interesse dos nossos criadores na aquisição de animais de qualidade e a perspectiva de novos mercados para comercialização da carne do bode. Tudo partiu do pressuposto de que Jataúba precisaria ter uma festa de grande porte que retratasse toda essa potencialidade. Surgiu então originalmente dos secretários da época: Zainha e Mero Chaves, um secretário de agricultura e outro secretário desenvolvimento social, respectivamente. A ideia era apoiar e divulgar a associação de criadores de caprinos da região e também atrair criadores de todas as regiões circunvizinhas, aquecendo a economia local e propagando Jataúba para o Brasil e para o mundo, já que a mesma já tinha ganhado força com a reportagem da TV GLOBO: "O bode que dá leite".
A feira conta com uma programação diversificada, além da compra e venda de animais, artistas da terra e de renomes se apresentam e fazem da festa um momento especial para moradores e turistas. Já participaram da festa, com shows no palco principal, nomes como: Márcia Felipe; Luan Estilizado, Tayrone, Walquíria Santos, Gatinha Manhosa, Saia rodada, Gabriel Diniz, Dorgival Dantas; entre outros. Tradicionalmente a feira trás também: Barracas com exibição variadas de cunho informativo, histórico e artesanal local e regional; Concurso leiteiro e exposição com prêmios em troféu e em dinheiro; Palco "polo alternativo" com apresentações culturais tradicionais e a Trilha do Bode; Nas primeiras edições da Feira, até publicações do "Bode Gaiato" divulgando a festa de forma engraçada viralizou na internet. Um evento desse porte, o qual eleva o nome de Jataúba, certamente já entra para a História dessa terra e assim, torna-se merecidamente, um patrimônio histórico e cultural do município.


As "Pegas de Boi" no mato surgiu no nordeste em meados do século XXI, com a ideia do sertanejo de  deixar os animais à vontade para buscarem a alimentação. Assim, os vaqueiros encourados ficaram incumbidos de adentrarem a caatinga para realizar a pega do boi. Sempre em meio a muita destreza, coragem e entoando seus cantos, os chamados: abôios, os vaqueiros faziam seu trabalho com muito afinco. Com o passar do tempo, tudo foi se transformando numa grande confraternização. Depois de reunir os animais, era normal os vaqueiros de uma fazenda encontrarem bichos marcados com ferros de outras propriedades. Então ocorriam as famosas festas de “apartação”, onde os animais eram entregues aos legítimos donos, criando entre os habitantes do sertão e do agreste fortes laços de amizade. 
Os atuais eventos são realizados nas mesmas propriedades sertanejas do passado, cujos proprietários disponibilizam seus terrenos, animais e alimentação para todos aqueles que do evento participam. Os vaqueiros precisam pagar uma inscrição, um valor simbólico, bem diferente do que é cobrado nas grandes vaquejadas. Os bichos são soltos em uma área de caatinga preservada e quem conseguir recuperar os animais é então declarado o vencedor, ou vencedores, e no término do evento são premiados. Como não poderia deixar de ser em uma tradicional festa nordestina, durante todo o dia tem muito forró pé de serra, abôios, cantorias,  com apresentações de grupos locais, onde a cultura das comunidades sertanejas e dos vaqueiros são valorizadas. Em Jataúba seus realizadores são os mais diversos, variando muito de acordo com a localidade.
Por ser um evento peculiar da zona rural, a data de acontecimento das tradicionais "Pegas de boi" variam muito de região para região. Dentro do município de Jataúba, depende de cada sítio e sua realização pode ocorrer em qualquer mês do ano. O fato é que, preferencialmente, seus idealizadores pretendem que aconteça o evento nos períodos mais secos, principalmente depois do registros de morte de vaqueiros por afogamento. O que acontece é que as roupas e os adereços utilizados pelo vaqueiros pesa muito quando entra em contato com a agua e num eventual imprevisto, como atravessar riachos e rios desconhecidos, no qual precise nadar para sobreviver, tais roupas aumenta e muito seu risco de morte.
As "Pegas de Boi" são eventos que vem se destacando cada vez mais em todas as regiões nordestinas. Em Jataúba, o artista local Biuzinho Aboiador se destaca por priorizar o abôio como seu cargo chefe e já lançou vários discos, de forma independente, nesse segmento; dando merecidamente lugar ao sol a toda e rica cultura vinda da zona rural. Assim, como tantas e tantas festas, as "Pegas de Boi" jataubense também entra para a história do município, autodeclarando-se patrimônio histórico e cultural de Jataúba.



O Festival de Cultura foi um evento de uma única edição que aconteceu em Jataúba em janeiro de 2007, 10 dias antes da festa de São Sebastião. Um período de alta temporada de férias, onde muitos filhos distantes regressavam temporariamente para sua terra. Inclusive, justamente por este motivo, surgiu borbulhos de que o evento poderia ofuscar a tradicional festa do padroeiro do município. O evento surpreendeu no quesito: expectativa de público, absorvendo um número estimado de pessoas 3 vezes maior do que tinha sido esperado.
O festival, que tomava toda Avenida José Lopes de Siqueira, surgiu da ideia primordial de mostrar a cultura original de Jataúba para os seus filhos distantes. Aguçar a nostalgia dos nosso visitantes e remetê-los aos bons tempos por aqui vividos, foi o objetivo chave da festa. Idealizado pela ex-vereadora Ana Paula, filha de Zé Roque e também secretária de Assistência Social do município na época, o evento teve também o apoio do Governo Municipal.
A ideia consistia em recontar e reviver valores da história de Jataúba e também, por outro lado, mostrar o que estava sendo feito pela gestão a respeito da cultura do lugar. Assim, todas as secretarias do município foi acionada para exibir e explicar ao publico presente no festival como funcionava seu trabalho e quais benefícios eles traziam para os munícipes. Diversos seguimentos prepararam apresentações: As crianças da Creche e também das escolas; Estudantes adolescentes da rede Municipal e Estadual de ensino; Grupo da terceira Idade; Grupos de gestantes acompanhados pelas Unidades Básicas de Saúde do município; Grupo de danças culturais jataubenses e também de outros municípios; grupos de capoeira; entre muitos outros...
Muitos produtos caseiros e artesanais produzidos em terras jataubenses foram exibidos em estandes previamente ornamentadas e também um museu de objetos, fotos e relatos históricos do município de Jataúba foi temporariamente criado. Nesta época, a renascença foi fomentada com muito incentivo e as próprias rendeiras desfilaram com suas próprias peças. O "Transformista", quadro que era apresentado da antiga e extinta "Festa da Beterraba e Renascença" retornou aos palcos do festival, juntamente com vários artistas da terra de variados estilos musicais. Culminando com o Show de "Companhia do Calypso" e "Kelvis Duran" que eram bandas que estavam no auge na época. 
O evento emergiu em todos um sentimento de cultivo a nossa própria cultura, inclusive, depois e por causa deste evento, surgiu a inspiração para o projeto: "Blog Memória Jataúba". O povo do nosso município é riquíssimo em cultura e tem uma adversidade cultural incrível. Se bem cuidada e investida, dá para colher bons frutos a qualquer momento. Preservar, revitalizar, reviver sempre cada coisa passada é apropriar-se do que é nosso e acima de tudo: valorizá-lo. Por isso, apesar de possuir uma única edição, pelo menos até o momento, o Festival de Cultura entrou para história de Jataúba e é mais um patrimônio histórico e cultural do seu povo.



Dia Sete de Setembro de 1822, dia da Independência do Brasil, dia em que às margens do rio Ipiranga, D. Pedro I deu o famoso grito: “Independência ou morte!”. No Brasil o dia Sete de Setembro foi transformado em feriado nacional e é celebrado com desfiles por todo o território. Os desfiles cívicos surgiram no início do século XIX, mas foi com os militares que eles se destacaram mais. Com o passar do tempo, as escolas estatais e particulares adentraram neste seguimento que hoje transpassa: NACIONALISMO, PATRIOTISMO, CIVISMO e CIDADANIA. Em Jataúba os desfiles cívicos é um espetáculo a parte, além de ser uma oportunidade para a classe docente e discente apresentar seu conhecimento de mundo e reivindicações, é bonito de se ver a disputa entre as bandas marciais pela preferência do público, mesmo não havendo nenhuma competição. Nada mais justo do que atribuir a todas as escolas do município, estatal e particular, o mérito de realização anual deste evento, com o apoio claro, do Governo Municipal.
As festividades começa logo pela manhã com os hasteamentos das bandeiras cívicas nas principais instituições: Prefeitura, Escola Municipal José Higino de Sousa, Escola Estadual José Lopes de Siqueira e por fim, na Câmara de Vereadores. Durante o entardecer do dia 7 de setembro, o evento de desfile cívico mobiliza toda a população. Praças e ruas são completamente tomadas. A maioria dos cidadãos saem de suas casas para ver a apresentação dos desfiles das escolas com os alunos em suas temáticas e também prestigiam a apresentação das bandas marciais existentes no município. Houve uma época que tinha estruturas gigantescas no quesito "palanque e arquibancada". Depois da apresentação com os alunos de cada escola, cada banda retorna para uma apresentação individual com ordem de aparição previamente sorteada na presença de seus eventuais representantes. Geralmente acontece no prédio do centro administrativo, no setor da Secretaria de Educação.
A primeira Banda Marcial que surgiu em Jataúba foi a "Banda Marcial Norma Rejane" da Escola Municipal José Higino de Sousa, na década de 70 (trata-se de uma homenagem a uma antiga professora que veio a falecer em um trágico acidente) e a primeira banda marcial contendo Crianças como músicos foi a "Banda Mirim", no início dos anos 90, que conduzia os alunos da extinta "Escola Mínima Jataúba", onde lecionou uma das primeiras professoras do município e também a primeira professora a ser homenageada na primeira formatura do município, na década de 70: "Luzia Ziza Siqueira de Queiroz"; Tal educandário funcionava onde hoje é a Escola Municipal Antônio Vieira de Melo.
Várias bandas marciais jataubenses já participaram e obtiveram excelentes classificações ganhando prêmios em concursos de bandas realizados em outros municípios. Levando assim, mais uma vez, o nome de Jataúba a outros horizontes. Quem nunca teve uma foto histórica em um desfile cívico da época de estudante? Ou quem nunca tocou algum instrumento e se preparou a cada ensaio até a vinda do mês de setembro? É por essas e outras que os desfiles cívicos de 7 de setembro é um patrimônio histórico e cultural do Brasil e de modo peculiar, de Jataúba também.



Em Jataúba, ao chegar o mês de novembro, chega também a temporada de Formaturas. A "colação de grau", como também é chamada, é como o ponto de chegada para um atleta. É ali que você vê conquistado um período inteiro de estudos. É também um ponto de partida para uma nova etapa da vida acadêmica. São momentos únicos na vida de uma pessoa, algo que você não quer deixar passar despercebido e os jataubenses sabem disso. Por isso que em Jataúba as Formaturas são uma festa à parte, é o momento de unir as pessoas que gostamos para festejar conosco mais uma conquista. É um tipo de evento que acontece nos quatro cantos do município em praticamente todas as instituições de ensino da rede municipal e particular. Abrange estudantes de todas as faixas etárias e de todas as classes sociais. As datas que são realizadas os eventos de Formatura no município de Jataúba variam muito de instituição para instituição, tanto na zona urbana como na zona rural, mas sempre acontecem entre os meses de novembro e dezembro, raramente ultrapassando o dia 23 do ultimo mês do ano.
As Formaturas já existiam desde quando o município ainda não era politicamente independente e, na maioria das vezes, acontecia no município do Brejo da Madre de Deus. O surgimento de forma oficial, em território jataubense, data-se no final da década de 60 na Escola José Lopes de Siqueira, mas foi na década de 70 com o surgimento da Escola José Higino de Sousa que o evento ganhou destaque. Aliás, o galpão da Escola José Higino foi projetado e feito especificamente para isso. As colações de grau realizadas ali chamavam atenção de toda a população jataubense. Hoje, as Formaturas na maioria das vezes, acontece no Clube Municipal. No mesmo ambiente é feito a colação de grau e a recepção dos convidados de cada formando, mas antigamente a colação de grau era feita na escola e a recepção dos convidados na casa de cada um dos formandos. Em alguns lugares da zona rural ainda funciona desta maneira. Atualmente os maiores realizadores desse tipo de evento é a classe docente e discente com apoio do Governo Municipal, com exceção as escolas particulares que arcam com os custos de modo particular.
As Instituições Educacionais do Município de Jataúba que realizam sua formaturas respectivamente são: Na cidade: As Escolas Particulares: Paraíso do Saber, Interdimensional e a extinta 13 de Maio sempre celebraram a colação de grau do ABC e também do Ensino Fundamental. As Escolas Municipais da cidade: Escola Municipal José Higino de Sousa e Escola Municipal Antônio Vieira de Melo, respectivamente, são responsáveis pelos eventos de conclusão do Ensino Fundamental e também formatura do ABC; E o EREM José Lopes de Siqueira, da Rede Estadual de Ensino, responsabiliza-se pela Formatura de Conclusão do Ensino Médio. Houve também, registros esporádicos de Formatura de Ensino Superior, ocasionalmente quando é instalado na cidade de Jataúba polos educacionais de algumas universidades.
Na zona Rural: No distrito do Jacu: A Escola Municipal Águida Amâncio (Ensino Infantil e Fundamental); No Distrito do Riacho do Meio: Escola Municipal João de Freitas Barros (Ensino Infantil e Fundamental); Distrito do Jundiá: Escola Municipal José Pereira do Nascimento (Ensino Infantil e Fundamental); Distrito de Passagem do Tó: Escola Municipal Inácio Vitérbo de Araújo (Ensino Infantil e Fundamental); entres outras escolas dos demais sítios. O fato é que, toda e qualquer Festa, ou evento, que reúna o povo de um determinado lugar para confraternizar-se só afirma ainda mais o bom caráter e sua cidadania. Por isso, as Formaturas, sem exceção de nenhuma, são merecidamente um patrimônio histórico e cultural do município de Jataúba.



As festas de fim de ano são as Festas mais familiares que existe. O clima muda quando mais um ano chega próximo de se terminar. Notamos as luzes de natal na casas e nas praças da cidade. Antigamente, há registros de eventos em Jataúba nos quais o "Pastoril" se apresentava e onde era encenado também o "nascimento de Jesus menino". Eventos culturais e tradicionais como estes tinha o apoio da prefeitura na década de 90, mas caiu em desuso com a intensificação das festividades de Janeiro, fevereiro e março. Dentro das festividades de fim de ano, sobrevivente a um mês quase que sem eventos, de forma totalmente independente, sempre entre o natal e o ano novo, acontece a tradicional "Seresta de fim de ano" na Avenida José Lopes de Siqueira, uma das principias ruas de Jataúba. O evento é conhecido também como "Seresta de Bode" ou "Seresta de Natal".
O grande idealizador da Seresta de Natal e fim de ano de Jataúba é Roque Aleixo de Araújo Sobrinho (Bode), proprietário do Bar do Bode, localizado na Avenida José Lopes de Siqueira, um dos points da Cidade. Observando a escasses de evento na cidade e na região durante o período de fim de ano foi que surgiu a ideia de fazer um evento no qual reunisse todas as famílias em um único lugar. Ultimamente, outros proprietários de bares da avenida se uniram para acentuarem suas vendas e tornarem o evento ainda maior, realizando assim o evento dentro do mês de dezembro, todos os anos.
As atrações são as mais variadas, geralmente 3 consecutivas na mesma noite. O som ao vivo de músicas antigas e atuais vem atraindo um público cada vez maior a cada ano. Fazendo com que os bares da Avenida José Lopes se organizem e preparem algo melhor a cada edição. Detalhe: As datas escolhidas para realização do evento raramente é (ou nunca são) a data da véspera da noite de natal ou réveillon. Partindo do pressuposto que são datas das quais todos preferem passar em suas casas com seus familiares, a coincidência de datas com o evento não contribuiria para o sucesso de público do mesmo. Desta forma, aos poucos a "Seresta de Fim de ano" vai entrando no cotidiano do povo jataubense e fixando sua presença na agenda cultural do município, tornando-se também um patrimônio histórico e Cultural do Município de Jataúba.









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CRÉDITOS:
Fotos: Fontes diversas;
Dados e pesquisa: Fontes diversas;
Ideia e edição: Equipe Memória Jataúba.
Redação: Gutemberg Mineiro.
 Ultima atualização: 06/01/2020