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Paróquia




Logo com o surgimento de Jataúba, ali próximo ao pé de Jatobá de onde se originou a feira, surgiu também a primeira igreja da história desta terra. A capela foi erguida e a ela atribuída: São Sebastião como o protetor do lugar. O município de Jataúba teve sua igreja elevada a paróquia dois anos após a conquista da emancipação municipal. Vamos conhecer a fundo toda esta história:


ORIGEM DE TUDO
Em nossa história, foram muitos os acontecimentos que marcaram os tempos e as pessoas, enfim: a vida desse lugar abençoado por São Sebastião. Na metade do século XIX, quando tudo ainda era diferente de hoje, nossa terra foi povoada por pessoas simples, ordeiras e tradicionalmente Católicas.

Os primeiros habitantes que formaram o lugarejo trouxeram consigo, a Fé e a esperança Cristã que sustentava suas vidas. Sob a sombra da Cruz e pela força de sua vitória, construíram uma Igreja que viria a ser a capela, cujo orago é o glorioso Mártir São Sebastião. Obtivemos com pessoas, que com sua memória lúcida, quase centenária, nos repassou preciosíssimos relatos contados pelos seus antepassados.

Assim como na Bíblia, existem princípios eternos – leis que regem a caminhada do povo escolhido por Deus – da mesma forma, Deus suscitou no coração de certo missionário que por essas bandas fazia sua jornada missionária, e acompanhava de perto o desejo do povo, de ter em seu pequeno vilarejo um templo onde as famílias cristãs pudessem celebrar sua fé e viver momentos de graças, assim juntamente com o povo do antigo povoado de Jatobá ergueu o templo, trazendo o material das matas brejeiras e dos montes: as pedras e madeiras... elas hoje constitui as grossas paredes da nossa Igreja Matriz.

A nossa capela foi construída com uma arquitetura colonial, na época muito presente nas casas, nos sobrados e castelos. A referida Capela possuía três altares; no centro o altar mor, onde ficava nos nichos; a imagem de São Sebastião, ladeado por outras duas imagens. Nas laterais havia o altar com o nicho de Nossa Senhora da Conceição; e do outro lado, a imagem do Sagrado Coração de Jesus.
 

O templo possuía um coro totalmente construído em madeira, seu piso, formado por tijolos e sua calçada em forma arredondada deixava ainda mais bonita a sua estrutura. Nos fundos, havia uma sacristia e um quarto para guardar objetos religiosos ambas com portas e janelas, na sua frente havia três portas e acima delas, três janelas. Existia ainda em sua frente, um belíssimo cruzeiro, que anunciava aos transeuntes, o sinal da fé cristã católica do referido povoado.


A FREGUESIA 
(Os fiéis e as dificuldades de celebrar)
Nossa Capela data do ano 1857, no século XIX. Verificamos que o Evangelho e a catequização aqui chegou há 147 anos. Quando então nossa Capela ficou jurisdicionada eclesiasticamente a freguesia de Taquaritinga do Norte. Que tinha como sede a Matriz de Santo Amaro. Embora sendo termo e comarca de Brejo da Madre de Deus. A mencionada “freguesia” tinha as seguintes Capelas: Santa Cruz do Capibaribe, hoje, Paróquia Senhor Bom Jesus; Capela de Poço Fundo, sob a invocação de Santo Antônio, hoje fazendo parte da Paróquia de Santa Cruz; Capela das Vertentes, cujo orago é São José, hoje Paróquia; A Santa Maria, hoje Paróquia de Santa Maria do Cambucá, cuja Padroeira é Nossa Senhora do Rosário; Capela de Olho D’água da Onça, hoje, Paróquia de Frei Miguelinho. São José é o seu Padroeiro;

Ainda, fazendo parte da Paróquia acima mencionada, temos a Capela de Capivara, dedicada a Nossa Senhora da Conceição e, também, Capela do Algodão do Manso, que tem como Padroeira Santa Terezinha; Capela de Jatobá, hoje, Paróquia de Jataúba, dedicada a São Sebastião. Fazendo parte da Paróquia retro-mencionada, temos: a Capela de Santo Antônio, na Vila do Jacú. Capela de Carapotós que tem como Padroeira Santa Ana, hoje, pertencente à Paróquia de Caruaru. Finalmente temos a Capela de Torres, hoje, Paróquia de Toritama, com a sua Padroeira Nossa Senhora da Conceição.

Percebemos então que, o atendimento dos padres era por meio de desobrigas. (obrigações, cumprir as funções religiosas) A parti daí, o vigário responsável passava dias, ou até semanas inteiras fora da sede paroquial, exercendo a árdua missão sacerdotal em condições muito precárias, por caminhos de difícil acesso e chegava com muita dificuldade. Desde então atendendo os fiéis na sua vida sacramental, batizando, assistindo união matrimonial, confessando, visitando os enfermos, desempenhando um apostolado de verdadeira entrega a missão de anunciar a Boa Nova do Evangelho as criaturas dessa região. O único meio possível de comunicar-se na época e de chegar ao desejado destino era no lombo de animais, não oferecendo nenhum conforto ao vigário, transeunte ou Padres que por aqui passaram antes de torna-se Paróquia.


FESTA DE SÃO SEBASTIÃO
Noite do Novenário a São Sebastião em Jataúba no ano de 2014

Desde os tempos da edificação da primitiva Capela, hoje, Igreja Matriz, que nessa terra próspera, se celebra com muita devoção e fé, o Padroeiro desta querida comunidade, ordeira e acolhedora, segundo os antigos, nosso festejo era feito de um Tríduo (três dias), que sempre terminava no dia do Padroeiro, (20 de Janeiro) e ainda mais, um dos momentos participativos era a linda cavalhada de São Sebastião. Ainda hoje no mês de Janeiro, os Jataubenses de ontem e hoje se encontram com alegria, fervor e disponibilidade para festejar, de (11 a 20) o seu querido protetor.

Filhos da terra vêm de outras cidades e estados para juntamente com suas famílias, prestarem suas homenagens engrossando ainda mais a devoção ao Glorioso Mártir São Sebastião (conhecido popularmente como defensor da fome, da peste e da guerra). É nesta festa onde vemos o estalar de abraços, apertos de mãos nas esquinas, praças e residências da cidade; uma verdadeira confraternização na qual reuni os devotos que honram e festeja junto aos seus, o exemplo do mártir São Sebastião durante nove noites na Casa (Templo) do insigne defensor; o novenário com sua programação é extremamente brilhante, os respectivos noiteiros mostram criatividade e bom gosto desde a ornamentação do altar à participação e preparação da Santa Missa.

Momentos: o primeiro, a Concelebração Solene da Eucaristia, (missa oficial do Padroeiro), presidida pelo Senhor Bispo Diocesano de Pesqueira, com a participação de vários sacerdotes da Diocese e Paróquias da região, que prestigiam este acontecimento. Pela tarde, se realiza o segundo e último momento, este esperado por todos, com grande alegria, quando às 16h30 a imagem de nosso querido padroeiro, já no andor ornamentado com muita preciosidade e gosto, é recepcionada na praça, completamente tomada de fiéis, que ao som dos repiques dos sinos, se misturam as suas lágrimas, emoções, aplausos e o espocar das girândolas. A partir deste momento inicia-se a grande procissão que ao som da Filarmônica São Sebastião e acompanhada por uma massa de fiéis, percorre as principais avenidas e ruas desta cidade, culminando com a celebração da Santa Missa campal, na Praça da Matriz.







HISTÓRIA DE SÃO SEBASTIÃO
Imagem de São Sebastião da Paróquia de Jataúba

A antiga tradição diz que São Sebastião viveu no século terceiro. Numa época em que a igreja não se atrelava ao poder e sofria perseguição. Há muitas lendas e contos sobre a vida deste jovem santo, o nosso padroeiro, mas um dado é muito certo. Até Santo Ambrósio diz que este mártir bendito, nasceu na Itália, cidade de Milão. Ele era oficial das tropas do Império Romano, que torturavam os cristãos, Mas o Jovem Sebastião por ser íntegro e honesto rejeitava a violência. Desobedecendo à ordem e agindo com caridade.
 
Nas prisões, Sebastião socorria prisioneiros, respeitava os Cristãos, dava exemplo de ternura e motivava os soldados a lerem as escrituras. O imperador percebeu que o seu oficial, já se tornara cristão, então ficou indignado exigindo que o prendesse e o matasse a flechadas, depois de ser perversamente torturado. Seu Martírio aconteceu, lá pelo século terceiro, só que não se sabe o ano, mas com certeza, durante o império de Diocleciano, que na época reinava junto com outro chamado Maximiano.
No tronco de uma árvore, dizem que de espinheira, o amarraram à força, e impiedosamente o alvejaram com setas que Sebastião incrivelmente suportou, depois o abandonaram, sendo logo socorrido e cuidado pelos cristãos. Isto não intimidou Sebastião, ao contrario despertou e iluminou sua mente enfrentando assim o imperador. Seu testemunho cristão, muita gente comoveu, até o governador de Roma que se chamava Cromácio com isto se converteu, que juntamente com seu filho Tibúrcio, teve a mesma sorte de enfrentar o martírio. Nova ordem imperial chegou a acontecer, e assim, Sebastião novamente torturado, veio então a falecer.





ANTIGO HINO DO PADROEIRO SÃO SEBASTIÃO
 (Utilizado até o final da década de 1970)


1. A ti, santo, hoje damos louvores,
Grande mártir, São Sebastião.
Que da morte afrontaste os horrores,
Indo à glória reinar em Sião.
Indo à glória, indo à glória...
Indo à glória reinar em Sião.
Indo à glória reinar em Sião.

2. Protetor desta terra querida,
Livra-nos dos flagelos mortais.
Dá-nos paz, pureza e santa vida.
Para a glória gozar imortais.
Para a glória, para a glória...
Para a glória gozar imortais.
Para a glória gozar imortais.

3. Três batalhas tremendas venceste:
A abastança, a grandeza, o poder.
Três triunfos que tu mereceste,
Tríplice glória que sempre há de ter.
Tríplice glória, tríplice glória...
Tríplice glória que sempre há de ter.
Tríplice glória que sempre há de ter.

4. Duras setas em ti se cravaram,
Teu corpo ferido, mortal.
Mas em vez da morte, o que deram,
Foi da glória a coroa imortal.
Foi da glória, foi da glória...
Foi da glória a coroa imortal.
Foi da glória a coroa imortal.



HINO DO PADROEIRO SÃO SEBASTIÃO
 (Viva São Sebastião)

1. No terceiro século da Era Cristã,
lá estava o Império Romano,
Ocupado por um homem cruel,
pelo nome de Diocleciano.

No governo deste imperador,
um jovem era seu soldado,
certo dia, através de alguém,
para o grupo de Cristo foi levado.

Refrão:
Viva São Sebastião!
Viva São Sebastião!
Que no meio daquela gente desumana,
resolveu ser um Cristão!

2.E daquela escolha que fizera,
ele nunca pensou em desistir.
Ainda que esta, custasse o seu sangue,
como preço por a Jesus seguir.

E um dia tal como aconteceu,
com o bom homem de Nazaré:
por alguém que se fazia de amigo,
foi traído numa manhã qualquer.

(Refrão)

3.Foi levado ao tribunal do império
e sua voz atingiu posições
Falou de amor, justiça e verdade;
Dos que eram vazios os corações.

Na tortura de uma escura prisão,
se encontrou até 20 de Janeiro,
quando foi despido e amarrado,
e crivado de flechas o corpo inteiro.

(Refrão)

4.Sua morte se fez uma vitória,
pois sua vida se tornou oblação.
Sua luta foi levar adiante,
o que Cristo nos deu como Missão.

Quanto a nós que queremos ser devotos,
do autêntico São Sebastião:
Será que como ele estamos sendo,
verdadeiros na luta de Cristãos?

(Refrão)




A PARÓQUIA, SUA BANDEIRA E SEU BRASÃO 

        A bandeira está enquadrada dentro do aspecto que se constitui a representação. Sua origem se encontra na história humana em tempos de situações conflituosas nas antigas civilizações. Só na idade média é que a bandeira veio tomar formas diversas que culminaram no formato atual conhecido. Ela é escolhida para manifestar, segundo cada povo, situação histórica, instituição ou época, tudo o que o identifica e caracteriza seu perfil histórico, considerando as regras que estruturam a formatação da sua simbologia.
        A igreja como instituição humana agrega também em seu conjunto os sinais simbólicos, que a tornam presente e atual na sociedade. A paróquia de São Sebastião de Jataúba, Diocese de Pesqueira PE, escolheu no ano de 2007, sob a então administração paroquial do reverendíssimo padre Geraldo de Magela Silva, também quando governava a diocese de Pesqueira, o reverendíssimo senhor bispo diocesano Dom Francisco Biasin, a bandeira que com sua simbologia heráldica e brasão de armas, que representaria de modo oficial, toda a sua história e instituição religiosa. Assim, a bandeira da paróquia de São Sebastião foi idealizada em 24 de novembro de 2004 pelo senhor Denis Monteiro de Queiroz, aprovada pelo então conselho pastoral da referida paróquia e lavrada em ata solene sob reunião ordinária.
        Explicando heraldicamente, a bandeira da Paróquia de São Sebastião de Jataúba é subdividida em quatro partes com tamanhos iguais. Possui no seu centro o brasão de armas oficial. As cores oficiais são única e exclusivamente o vermelho e branco, além do amarelo, azul e marrom que circundam sua composição. O brasão oficial da paróquia de São Sebastião da cidade de Jataúba, se constitui com as seguintes representações simbólicas e heráldica. Nas partes exteriores, bem como a superior, e a parte inferior do brasão, se encontram duas faixas. A faixa superior contém a data exata da construção da primitiva capela (templo) devotado ao mártir São Sebastião, com a pedra fundamental pelos primeiros habitantes que colonizaram nossa região. A faixa inferior faz alusão a data exata da criação canônica da paróquia, elevando assim a então primitiva capela, a condição de sede paroquial com o título de igreja matriz de São Sebastião.
        No aludido brasão encontramos dois lados, um de cor vermelha, que representa os martírios sofridos e enfrentados por São Sebastião na perseguição de Diocleciano, imperador romano. O lado de cor branca representa a paz eterna e a salvação plena de todos os cristãos. Acima dos referidos lados está um círculo que contém nas partes: superior, inferior e laterais, quatro cruzes do mesmo tamanho, que figuram como sendo as quatro principais capelas da circunscrição paroquial. A saber: Jacu, Jundiá, Riacho do Meio e Passagem do Tó.
        No centro do círculo, amparada por duas flechas que perpassam as extremidades do mesmo, atingindo os dois lados do brasão, está a cruz de tamanho maior, que configura a igreja matriz como igreja principal da paróquia. Ao fundo do círculo se fixa o céu cor de anil, e as serras que remetem ao planalto da Borborema, no agreste pernambucano, onde se assenta a circunscrição eclesiástica da paróquia de São Sebastião de Jataúba. Na parte de cor branca está escrito em latim o seguinte: Pugna fide. Que significa: “Combate pela fé”. Significando o princípio fundante do cristianismo que foi vivenciado pelo mártir e padroeiro São Sebastião.




CAPELAS DA PARÓQUIA DE JATAÚBA





PADRES DA PARÓQUIA DE JATAÚBA
Muitos sacerdotes passaram pela paróquia de Jataúba, desde o século XIX pra cá. Aqui, mostraremos os que fizeram história desde a Emancipação do Município e também de quando a Capela se tornou Paróquia, até os dias atuais. Foram eles:














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Pesquisas: Secretaria da Paróquia São Sebastião de Jataúba/Fontes Diversas;
Fotos: Guto Mineiro / Aluízio Bernardino / Ruy Siqueira / Thiago Souza/
Ademário Araújo / Arquivo da Paróquia/ Leitores via redes sociais;
Colaboração/Redação: Secretaria da Paróquia/ Renata Guenes/ Redatores do Blog MJ;
Última atualização desta página: Janeiro/2022.